A montadora chinesa Great Wall Motor (GWM) está prestes a dar um grande passo no Brasil, planejando iniciar a produção local de seus veículos em 2025. Com uma meta ambiciosa de nacionalizar 60% de suas peças até 2026, a empresa busca se estabelecer como uma referência no mercado brasileiro de automóveis. Este artigo explora os detalhes dessa estratégia e os desafios enfrentados pela GWM para alcançar seus objetivos.
Produção no Brasil: Um Novo Capítulo
A GWM planeja começar a produção de veículos no Brasil em 2025, escolhendo um modelo de expansão cuidadoso e bem planejado. Diferentemente da BYD, que tem uma abordagem mais agressiva, a GWM adota um estilo semelhante ao da Toyota, priorizando passos calculados e de longo prazo. Segundo Ricardo Bastos, diretor de assuntos institucionais da empresa e ex-Toyota, a chave para o sucesso está na localização de peças e componentes. Essa estratégia reduz custos de transporte e aumenta a eficiência da produção, permitindo que a montadora se adapte rapidamente à demanda do mercado.
Meta de Nacionalização: Um Objetivo Ambicioso
A GWM estabeleceu a meta de atingir 60% de nacionalização em seus veículos até o final de 2026. Bastos destacou que essa é uma tarefa desafiadora, mas essencial para reduzir custos e viabilizar a operação no Brasil. Ele afirmou:
“Sem um grande porcentual de localização no Brasil, os custos serão muito altos. Custos de transporte, embalagem, entrega, tudo é custo.”
Além disso, a empresa pretende atrair fornecedores chineses para o país, o que pode ajudar a criar um parque automotivo em torno de sua fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo, com fornecedores localizados a um raio de 50 km.
Desafios Tecnológicos e Logísticos
Apesar do plano ambicioso, a nacionalização de itens como motores a combustão, elétricos e baterias de lítio apresenta desafios significativos. Mesmo assim, a expectativa é que o mercado automotivo nacional esteja mais preparado para atender a essas demandas nos próximos anos.
A GWM planeja focar inicialmente em modelos híbridos flex, que devem ser produzidos em São Paulo. Esses veículos híbridos se destacam por unir tecnologia sustentável e eficiência, atendendo às demandas de consumidores brasileiros por opções mais ecológicas.
Modelos e Expansão de Mercado
Atualmente, a GWM oferece no Brasil os modelos Haval H6, H6 GT e o elétrico ORA 03. Com o objetivo de ampliar sua linha de produtos, a empresa planeja lançar novos modelos nos próximos anos, expandindo também sua rede de concessionárias para 130 lojas em 2025. A expectativa é comercializar entre 28 mil e 30 mil veículos nesse período, marcando um avanço significativo no mercado brasileiro.
Tabela de Produção e Metas da GWM
Objetivo | Detalhes |
---|---|
Início da produção | 2025 |
Meta de nacionalização de peças | 60% até 2026 |
Modelos atuais no Brasil | Haval H6, Haval H6 GT, ORA 03 |
Modelos futuros | Híbridos flex, novos modelos em 2025 |
Expansão da rede de concessionárias | 130 lojas até 2025 |
Expectativa de vendas | 28 mil a 30 mil veículos em 2025 |
Parque de autopeças | Fornecedores localizados em raio de 50 km de Iracemápolis |
Conclusão
A entrada da Great Wall Motor no mercado brasileiro promete movimentar o setor automotivo. Com uma estratégia de nacionalização focada na redução de custos e adaptação ao mercado, a empresa busca se posicionar como uma referência em inovação e sustentabilidade. Embora enfrente desafios na produção local de componentes, a GWM demonstra um compromisso claro com o crescimento sustentável e com a oferta de veículos de qualidade para os consumidores brasileiros.
Perguntas Frequentes
Quando a GWM começará a produzir veículos no Brasil?
A produção da GWM no Brasil começará em 2025.
Qual é a meta de nacionalização da GWM até 2026?
A GWM tem como meta nacionalizar 60% de seus veículos até 2026.
Quais modelos a GWM oferece atualmente no Brasil?
A GWM oferece atualmente os modelos Haval H6, H6 GT e ORA 03.
A GWM vai lançar novos modelos no Brasil?
Sim, a GWM planeja lançar novos modelos híbridos flex em 2025.